Euribor Cai a Três e a Seis Meses para Novos Mínimos

Imagem: David McBee na Pexels.

As taxas da Euribor continuaram a sua trajetória de queda, atingindo novos mínimos nesta segunda-feira, 23 de dezembro de 2024. As taxas a três meses e a seis meses recuaram, refletindo uma desaceleração nas pressões inflacionárias e o impacto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

A taxa da Euribor a três meses desceu para 3,355%, enquanto a Euribor a seis meses registou uma queda para 3,479%. Estas reduções significam uma continuidade da tendência de desvalorização que se tem verificado desde meados de dezembro.

Fatores que Influenciam a Queda

A principal razão por detrás desta diminuição nas taxas de juro da Euribor está relacionada com a política monetária do BCE, que tem sinalizado um abrandamento nas suas medidas de aperto devido ao arrefecimento da inflação na zona euro. Durante o último ano, o BCE implementou uma série de aumentos nas taxas de juro para combater a inflação elevada, mas com o avanço de 2024 e o enfraquecimento da pressão inflacionária, as expectativas são de uma desaceleração nas próximas decisões de política monetária.

Este movimento de queda das taxas de Euribor vem trazendo algum alívio aos empréstimos à habitação indexados a essas taxas, permitindo que os consumidores vejam um pequeno alívio nas suas prestações mensais, após um período de custos mais elevados devido aos aumentos sucessivos das taxas de juro.

Expectativas para o Futuro

Embora a descida das taxas de Euribor ofereça algum respiro, analistas continuam a acompanhar de perto as decisões futuras do BCE. O mercado espera que o BCE continue a adotar uma abordagem cautelosa, tendo em conta os desafios económicos e a evolução da inflação. A expectativa é de que as taxas de juro continuem em níveis relativamente elevados nos próximos meses, mas que novas reduções graduais possam ocorrer se a desaceleração económica e a inflação continuarem a seguir um padrão favorável.

Impacto nos Consumidores

Para os consumidores com créditos à habitação indexados à Euribor, a descida das taxas de juro traz um alívio importante, uma vez que as prestações mensais podem reduzir-se ligeiramente, o que alivia a pressão sobre o orçamento das famílias. No entanto, as taxas de Euribor continuam a estar em níveis superiores aos observados antes de 2022, quando a política monetária do BCE era muito mais suave.

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